Desde o início do ano, o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) adotou novos padrões que reforçam a segurança dos seus certificados digitais. O tamanho da chave do usuário dobrou assim como a quantidade de bits do algoritmo usado nos processos de criptografia. Segundo o coordenador de certificação digital da empresa, Gilberto Netto, o Serpro passa a acompanhar uma tendência mundial no desenvolvimento dessa tecnologia. “Estamos seguindo as recomendações do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). O segredo é estarmos sempre à frente das tentativas de quebra dos algoritmos utilizados”, explica o coordenador.
Pico no fim do ano
Desde o fim do ano passado, a Caixa Econômica Federal passou a exigir certificação digital para as empresas que participam do “Conectividade Social”, um sistema que regula a arrecadação de contribuições de empresas para o FGTS. A exigência do banco representou um aumento significativo no número de pedidos de certificação digital. “Foi um verdadeiro "boom"”, explica Gilberto. “Começamos 2011 com uma média de 20 mil novos certificados ao mês. No fim do ano, estávamos emitindo 50 mil”, avalia.
Registro de Identidade Civil
Para o coordenador, a próxima onda na demanda será causada pelo Registro de Identidade Civil – RIC. “Isso irá trazer a certificação digital para as pessoas físicas, para todo o cidadão”, considera. Em 2012, será implantado um projeto piloto do RIC, que irá envolver cerca de dois milhões de brasileiros no Distrito Federal, Bahia, e Rio de Janeiro.
Certificadoras
Hoje existem 40 Autoridades Certificadoras no país. Mas a tecnologia e infraestrutura necessárias para os processos são oferecidas apenas pelo Serpro, Serasa, Certisign e Caixa Econômica Federal. Além de sua própria autoridade certificadora, o Serpro também hospeda cinco outras, dentre elas as da Presidência da República, Receita Federal, Casa da Moeda, Justiça Federal e Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj).