O secretário de Políticas Públicas de Emprego em exercício do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Rodolfo Torelly, afirmou que o pagamento do seguro-desemprego deverá ser feito por meio de reconhecimento das digitais em cerca de dois anos. O objetivo de implantar a identificação biométrica, como nas urnas eleitorais que algumas cidades já usam nos pleitos, seria evitar as fraudes no benefício.
"Esperamos que, num prazo de dois anos, o pagamento do seguro-desemprego seja feito através do reconhecimento da identificação biométrica", disse o secretário, segundo divulgação da assessoria do ministério. O plano é usar os postos de atendimento do MTE para cadastrar os trabalhadores, que poderão sacar o benefício apenas com o reconhecimento da digital.
A Polícia Federal desarticulou nesta quinta-feira uma quadrilha que causou um prejuízo de R$ 30 milhões aos cofres públicos – a maior fraude no seguro-desemprego desde a implantação em 1986. O seguro é um beneficio de natureza temporária que visa suprir a perda de emprego do trabalhador e pode ser pago em até cinco parcelas.
"O golpe tem início a partir de uma carteira de identidade falsa e a partir daí, eles obtinham documentos legais como CPF, PIS/Pasep, Cartão do Cidadão, Carteira de Trabalho e CNPJ. Além disso, havia depósito na conta FGTS para que pudesse receber e tinham cartão do cidadão para fazer o saque. Por isso que a fraude foi difícil de ser percebida", explicou Torelly.
Recentemente, o governo passou a exigir curso de qualificação profissional para o contribuinte que der entrada no seguro-desemprego pela terceira vez, dentro de um prazo de dez anos.