O prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda neste ano já está aberto. Desta vez, os brasileiros começam a conhecer uma opção mais ágil para acertar as contas com o leão. RG, CPF, comprovante de residência, escolha de senhas, registro de biometria, pagamento de taxa. Tudo para autenticar o chamado certificado digital. “Vale a pena a organização porque, se for olhar, é dinheiro”, diz o cineasta Marcos Melo.
O certificado digital é como uma assinatura reconhecida em cartório, só que na internet . Isso prova de que você é você mesmo. Quem regulamenta é o Instituto de Tecnologia da Informação, ligado ao ministério da Casa Civil. Além disso, poucas empresas estão autorizadas a emitir esse carimbo online.
Segurança é uma das exigências que o Instituto de Tecnologia da Informação faz às autoridades certificadoras. Os dados dos clientes são armazenados em servidores que ficam numa sala cofre a cinco portas, sendo três delas de aço. Nesses sistemas, só passam técnicos autorizados e identificados por biometria. Neste ano, a Receita Federal decidiu usar a ferramenta para as declarações de Imposto de Renda. Para quem já tiver o certificado, a Receita vai preencher automaticamente alguns dados da declaração, aqueles já informados pelas empresas empregadoras.
A novidade traz agilidade e segurança na declaração, segundo as empresas certificadoras. “Você já sabe o que está na base da Receita e evita aquela situação em que, às vezes, pode ter um erro de digitação ou até mesmo receber um comprovante com informação equivocada. Aí você acaba fornecendo uma informação diferente do que a Receita recebeu”, explica Mariana Pinheiro presidente de identidade digital da Serasa. “A ideia é que essa declaração, que está começando agora, se torne a principal declaração, com o contribuinte recebendo todas as informações e apenas conferindo esses dados e reenviando à Receita Federal”, diz Joaquim Adir, supervisor do Imposto de Renda/Receita Federal.