Peritos papiloscópicos cobram avanços no setor de Identificação

A Perícia Papiloscópica completou 100 anos no Espírito Santo, na última sexta-feira, mas o Departamento de Identificação ainda inspira cuidados. Para o presidente da Associação dos Peritos Papiloscópicos do Estado (Appes), Antônio Tadeu Nicoletti Teixeira, os problemas no setor se acumulam e os investimentos anunciados pelo governo do Estado na última sexta-feira, dia em que a Perícia Papiloscópica completou 100 anos no Estado, não contemplam o Departamento de Identificação.

Ele conta que o quadro de peritos está defasado, já que o setor ficou 22 meses sem a realização de concurso público. O concurso foi realizado em 2011 e ainda assim não supre as necessidades do setor. Além disso, não foram nomeados todos os aprovados no certame, deixando o setor ainda mais precário.

Dentre os serviços prejudicados com a falta de peritos está o retrato falado. Tadeu diz que o setor está fechado e em crimes de maior vulto um perito de outra seção é deslocado para fazer o retrato falado de algum suspeito de crime. Ele acrescenta que a situação no interior é ainda pior, já que apenas uma equipe de peritos é responsável por percorrer o Estado para realizar trabalhos de identificação em crimes.

A Appes também pleiteia a implantação do sistema informatizado de reconhecimento de impressões digitais Afis – sigla para a expressão, em inglês, Automated Fingerprint Identification System no Departamento de Identificação. O sistema ajuda na resolução de crimes, por catalogar as impressões digitais que podem ser cruzadas com aquelas colhidas em cenas de crime. Tadeu afirma ainda que existem pessoas que têm até 14 Carteiras Identidade com nomes diferentes por não haver registros automatizados de impressões digitais.