Novas áreas já representam quase metade do negócio da NEC em Portugal

 As telecomunicações continuam a suportar cerca metade do negócio da NEC, mas as novas áreas de atividade cobertas pela empresa vêm assumindo um peso crescente na atividade, representando entre 30 a 40% do negócio, como explicou ao TeK João Paulo Fernandes, responsável pela operação em Portugal.

 
Os últimos anos têm sido de reestruturação no grupo japonês centenário, que deixou a divisão tradicional de áreas de negócio, para identificar oportunidades em novos mercados e reposicionar uma oferta que está agora mais direcionada à resolução de problemas ligados à sustentabilidade.
 
Desafios como a segurança, ou a gestão de recursos foram áreas identificados como críticos neste contexto e onde a empresa tem investido tempo e recursos no desenvolvimento de novas soluções, ou na adaptação de soluções antigas a novas realidades.
 
Um exemplo desse trabalho de adaptação de soluções antigas a novos mercados está nas baterias de iões de lítio, que a NEC desenvolveu há anos para os telemóveis e que recentemente adaptou à área da energia, para armazenar o excesso de produção nas renováveis. As baterias de iões de lítio da fabricante, agora num formato bem diferente do que era usado nos telemóveis, já estão a ser usadas em unidades de armazenamento de energia em Itália.
 
Em Portugal a segurança (com uma forte aposta na biometria) e a energia, a par das TIC também passaram a centrar a atividade da empresa, que está hoje mais apoiada em parcerias para explorar estes novos mercados.
 
Embora as Telecom, mercado tradicional da NEC, continue a garantir maior peso no volume de negócios anual, estas áreas contam já com um peso importante no negócio, numa evolução com forte suporte em projetos realizados com a administração pública.
 
João Paulo Fernandes dá o exemplo do projeto realizado com o Ministério da Justiça. É da NEC a solução biométrica de armazenamento e identificação de impressões digitais associada ao Cartão de Cidadão.