No futuro, tecnologia biométrica fará parte do cotidiano, afirma especialista

 A segurança biométrica, como leitura de impressões digitais e reconhecimento de voz, em breve serão comuns entre as empresas de tecnologia. Tais recursos serão convenientes e fáceis de usar, de acordo com Steven Furnell, especialista em sistemas de segurança de informação e professor adjunto da Edith Cowan University (ECU), da Austrália.

 
Em reportagem do Phys.org, ele afirmou que o uso da biometria está em crescimento e, graças à introdução de tecnologias desse tipo em telefones celulares, logo fará parte do nosso cotidiano. Ele afirma que as pessoas também estão mais dispostas a submeter os seus dados biométricos em dispositivos pessoais, como celulares e tablets. O estudioso publicou suas conclusões sobre o assunto num artigo divulgado no mês passado. Nele, ele detalha a nova tecnologia de reconhecimento de impressão digital disponível no iPhone 5S e reconhecimento de face para o Android.
 
No caso dos recursos das duas plataformas, ele aponta eventuais falhas. Para ele, ambas as tecnologias podem funcionar muito bem sob as “condições certas”. “Com o desbloqueio facial, se você estiver em um ambiente escuro e a câmera frontal não puder capturar sua imagem facial corretamente, então você não pode usar esse recurso”, diz Furnell. “Com o reconhecimento da impressão digital, se seus dedos estiverem molhados, então você não vai ser capaz de desbloquear o telefone com tanta facilidade antes de enxugá-los. Da mesma forma, se você estiver usando luvas, novamente ele não vai ser capaz de detectar sua impressão digital e você não será capaz de desbloqueá-lo".
 
Furnell afirma, ainda, que ambas as técnicas também têm problemas de segurança. “[O desbloqueio facial] pode ser enganado. Por exemplo, em implementações anteriores, bastava apenas segurar uma foto estática do usuário legítimo para a câmera”, diz ele. “Sobre as implementações mais recentes, há uma técnica chamada de “detecção de vivacidade”, que exige que você pisque quando estiver olhando para o telefone, de modo que ele possa detectar que há um ser humano vivo ao invés de uma fotografia estática”.
 
Apesar dos avanços, ele ainda aponta eventuais falhas nesse processo de autenticação. “Eu penso que ainda é possível burlá-los ao fazer buracos nos olhos em uma foto e, em seguida, olharmos e piscarmos por trás dela”. Ambas as tecnologias, contudo, ainda são muito mais convenientes e seguras que os métodos tradicionais, o que pode incentivar a adesão de pessoas que atualmente não têm nenhum dispositivo de segurança em seus smartphones. Ele diz, ainda, que as impressões digitais já podem ser usadas para fazer compras no iTunes e o sistema poderá ser estendido a outros contextos.