A partir da segunda quinzena de setembro, o Instituto de Polícia Científica da Paraíba deverá iniciar a instalação de um sistema que para informatizar a identificação das pessoas. A ferramenta terá identificação fotográfica, assinatura digital e marcas de impressões digitais, nos mesmos moldes como ocorre na emissão da carteira de motorista.
Será o primeiro passo para a implantação de um sistema maior, que poderá cruzar dados entre delegacias, cartórios o próprio IPC. “Já existe uma intenção do governo federal em criar um sistema que permita a identificação das pessoas em qualquer parte do país. Mas isso só deverá ocorrer daqui a quatro anos. Enquanto isso, acredito que um sistema regional, com dados do IPC da Paraíba, já poderia reduzir um pouco a ocorrência de golpes”, observa o delegado Gustavo Carlito.
O gerente-executivo de Identificação Criminal do IPC, Israel Aureliano, também concorda que a implantação do sistema informatizado iria reduzir a ocorrência de golpes. No entanto, ele destaca que seria preciso também criar outro sistema que permitisse aos funcionários do IPC conferir as informações apresentadas nos documentos junto aos cartórios.
Ele explica que alguns estelionatários se utilizam de certidões de nascimento e de casamentos falsas para solicitar a emissão de carteiras de identidade originais. “Na maioria dos casos, esses documentos falsos possuem a informação de que foram expedidos em outros Estados. Quando suspeitamos de alguma coisa, paramos nossos trabalhos para ligar para esses cartórios informados e procurar conferir se o documento é original”, afirma.
De acordo com o gerente, o banco de dados do IPC só possui dados digitados de identidades emitidas a partir de 1994. “Nos casos em que houver necessidade de conferir a originalidade do RG é preciso acessar no computador o número do documento e, em seguida, irmos ao nosso arquivo e procurar manualmente a ficha da pessoa, para conferir a foto e a assinatura”, explica.