Imprensa Oficial recebe dois prêmios da Fundação Biblioteca Nacional

O vestuário na história da arte, desde o Quattrocento aos dias de hoje, e um breviário medieval do amor ideal e da cortesia, publicado originalmente em 1492, renderam mais dois importantes prêmios à Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, dessa vez da Fundação Biblioteca Nacional. A entrega acontece nesta sexta-feira (17), às 17h, no Auditório Machado de Assis da fundação (Rua México, sn – Rio de Janeiro – RJ). A premiação contemplou trabalhos inéditos, em oito categorias, publicados de 1º de setembro de 2009 a 31 de agosto de 2010 no Brasil.

Raul Loureiro e Cláudia Warrak, com Roupa de artista – O vestuário na obra de arte, de Cacilda Teixeira da Costa, foram os grandes vencedores, por unanimidade, na categoria Projeto Gráfico. Eles receberão o Prêmio Aloísio Magalhães, cujo nome homenageia um dos maiores nomes do design gráfico no Brasil. Publicada pela Imprensa Oficial em parceria com a Edusp, a obra mostra como o vestuário, desde o Quattrocento, foi também protagonista na obra de arte, razão pela qual a autora discute a maneira como foi usado, interpretado e transformado por artistas em diferentes contextos até chegar a instalações que se destacam na arte contemporânea. Os premiados dividirão um prêmio de R$ 12,5 mil.

“Foi uma oportunidade de premiar, além do projeto gráfico que é ótimo, o livro em si, que é muito interessante e também a editora Imprensa Oficial que aparece como uma entidade que cumpre muito bem o papel do Estado ao fomentar a atividade editorial com competência e ousadia”, afirmou Kiko Farkas, membro do júri.

Na categoria Tradução, Cláudio Giordano, com Cárcere de amor, de Diego de San Pedro, conquistou o terceiro lugar. A obra foi editada pela Imprensa Oficial em parceria com a Oficina do Livro Rubens Borba de Moraes. Publicado no final do século XV, o livro era considerado leitura obrigatória nas cortes e casas nobres de seu tempo. Giordano receberá um certificado. A complexidade da tradução do texto, originalmente escrito em espanhol arcaico, pode ter contribuído para a sua premiação. Rubens Figueiredo, com a obra Ressurreição, de Liev Tolstói, classificou-se em primeiro lugar nesta categoria.