Nos dias 26 e 27 deste mês, acontece o ID World Rio de Janeiro 2013. Pelo terceiro ano consecutivo, influentes executivos de setores públicos e privados da América Latina e outras partes do mundo se reúnem para debater os avanços tecnológicos na identificação automática de pessoas. Certos de que o futuro já está batendo à sua porta, diversos setores da economia estão fazendo uso da biometria para aumentar a segurança e a conveniência de muitas operações. Estudos da consultoria Markets and Markets apontam que o mercado global de biometria atingirá quase 14 bilhões de dólares em 2017, com um crescimento anual estimado de 18,7%. De acordo com Juan Carlos Tejedor, diretor comercial da Lumidigm para a América Latina, hoje esse mercado movimenta mais de sete bilhões de dólares, sendo que a identificação de impressões digitais corresponde a 76%.
Na opinião do executivo, que fará uma apresentação no primeiro dia do evento, às 16h, a tecnologia de impressão digital, que antes era restrita a identificações governamentais, militares e criminais, rapidamente conquistou o mercado financeiro e está avançando para outras aplicações que exigem alto grau de certeza para saber ‘quem’ e ‘o que’, evitando fraudes. Tejedor vai detalhar, inclusive, as características de uma tecnologia avançada em termos de biometria: a imagem multiespectral. “Qualquer dedo pode ser identificado: sujo, molhado, ressecado ou desgastado. O sistema de imagem multiespectral utiliza diferentes comprimentos de ondas eletromagnéticas para capturar tanto a imagem da superfície do dedo, como a parte interna, formada por vasos sanguíneos que reproduzem o mesmo padrão da pele. Isso aumenta a segurança e a comodidade para os usuários – que não precisam decorar senhas alfanuméricas nem se preocupar com as condições de seus dedos”.
No curto prazo, Tejedor afirma que a maioria dos clientes de bancos brasileiros estará usando a impressão digital para ter acesso à conta bancária no caixa eletrônico. “O número de caixas eletrônicos que contam com sensores biométricos representa algo em torno de 48%, sendo que o market share da Lumidigm no Brasil é de 28% – tendo como clientes os dois maiores bancos públicos e dois dos maiores bancos privados.
Trata-se de um aumento expressivo, já que até poucos anos atrás apenas 2% ou 3% dispunham da tecnologia”. Mas o uso dos sensores de impressão digital tende a se ampliar e ganhar outros mercados. Tanto é assim que a biometria já está sendo usada no sistema de saúde, em processos industriais, e logo terá um papel relevante no comércio. Afinal, se hoje um cartão de crédito furtado pode ser utilizado, gerando prejuízos gigantescos para as operadoras e muita dor de cabeça para o dono do cartão, num futuro próximo a utilização será ainda mais segura e intuitiva, bastando que o cliente confirme sua impressão digital no ato da compra.