HUB testa sistema eletrônico de identificação de pacientes

O Hospital Universitário de Brasília testa, há duas semanas, um sistema automatizado de identificação de pacientes. Inicialmente, os testes estão sendo feitos no Centro de Pronto Atendimento (CPA) e devem ser estendidos para todo o hospital em 2012.
 
A identificação eletrônica será feita por meio de pulseira magnética. O sistema atende a uma das principais Metas Internacionais de Segurança do Paciente, a identificação correta dos usuários, preconizada pelo manual de Padrões de Acreditação da Joint Commission International.
 
Na prática, funciona assim: ao chegar no CPA, o paciente é acolhido e, se houver indicação para internação, recebe uma pulseira magnética com nome, idade, número do registro no hospital, clínica, data e hora. A pulseira é diferenciada pelas cores vermelho, amarelo e verde. Cada cor indica uma prioridade de atendimento. Para a chefe de enfermagem do CPA, Charlene Starling, a identificação eletrônica diminui a incidência de erros. “Com a pulseira, temos a segurança de estar fazendo o procedimento correto, no paciente correto”, afirma.
 
Niso Bernardes Fernandes está internado no HUB há nove dias. Vítima de problemas pulmonares e cardiovasculares, ele aprova o uso das pulseiras. “Acho a pulseira importante para a conferência da equipe e também porque ajuda a coibir a fuga dos pacientes. Ela não incomoda, acho até confortável”
 
O chefe do Centro de Pronto Atendimento, Hervaldo Sampaio, acredita que o novo sistema é benéfico porque fortalece processos internos da unidade e amplia a segurança para os pacientes.
 
“Estas pulseiras seguem normas internacionais de identificação. Elas representam um avanço no controle dos nossos processos de segurança em procedimentos e na administração de medicamentos. Hoje, os pacientes são identificados eletronicamente pelo médico, mas nossa meta é identificá-los já na triagem, antes mesmo da consulta”, diz Sampaio.
 
De acordo como chefe da Divisão de Informática Hospitalar, Leonardo Amorim, a tecnologia que está em teste é segura e deve colocar o HUB no mesmo nível de grandes instituições públicas e privadas. “Este modelo é utilizado em hospitais de excelência. Se aprovado, passaremos a nova etapa, que é a aquisição de equipamentos e das pulseiras”.
 
A adoção de um sistema de identificação eletrônica no CPA é parte das ações que o Grupo Facilitador (GF) da Acreditação vem desenvolvendo no HUB. No início de dezembro o GF, que é composto por trabalhadores do próprio hospital, decidiu dar novo direcionamento ao processo, iniciando pelo Centro de Pronto Atendimento, atendendo às diretrizes atuais do Ministério da Saúde, na qual busca-se, primeiro, a aplicação das rotinas e depois, a homologação das normas.
 
O próximo passo do Grupo Facilitador é, justamente, construir a norma que define e regulamenta os vários tipos de admissão de pacientes do Hospital Universitário. Este documento está em discussão e deve ser implementado em 2012.