O uso da biometria na emissão de certificados digitais promete deixar o caráter experimental e ser normatizado até meados deste ano, conforme espera o presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Renato Martini.
“A experiência no Distrito Federal foi um sucesso, já começou na Bahia e vai ao Rio de Janeiro. Estamos obtendo precisão acima de 95% nas leituras digitais”, comemora Martini. Os três estados são aqueles onde os Institutos de Identificação contam com tecnologia AFIS pronta e em uso.
O projeto de Autoridade de Registro Biométrica buscava exatamente verificar o grau de sucesso na identificação óptica das impressões digitais como comprovante para emissão de certificados digitais. Daí partir dos estados onde o sistema de coleta de digitais para identificação já foi computadorizado.
A experiência pode facilitar outro empurrão no mercado de certificação digital, a acontecer nos próximos meses. De um lado, um projeto de lei no Congresso (4571/2008) deve tornar válidas somente as carteiras estudantis emitidas pela União Nacional dos Estudantes (UNE), dos secundaristas (UBES) e dos pós-graduandos.
Paralelamente, essas entidades, juntamente com o ITI e a Casa da Moeda, já trabalham na nova carteira, que prevê certificação digital para identificação dos estudantes. Trata-se de um certificado mais simples – de atributo, não inclui assinatura digital – mas será essencial para garantir a meia-entrada nos jogos das Copas das Confederações e do Mundo.