Governo federal divulga o novo modelo de identidade civil

Bernardo Menezes / João Raimundo

O documento deve ser implantado em todo país até 2019. No DF, as primeiras carteiras podem ser emitidas até o fim do ano, mas ninguém é obrigado a trocar o documento antigo.

Na identidade de Maria das Dores, uma história de vida. Há 33 anos ela se apresenta com o mesmo documento, tirado quando ela se mudou de Piancó, na Paraíba, para Brasília. Uma lembrança guardada com carinho.

“Eu fiquei com o documento porque achei que estava bonitinha na foto. Foi só por isso”, diz a aposentada Maria das Dores Silva.

Maria ainda está se acostumando com a ideia de trocar o documento, mas isso não significa que vá jogar fora o antigo. “O velho vai continuar guardado”, afirma a aposentada.

Essa semana, o governo federal divulgou o novo modelo da carteira de identidade. O documento agora traz algumas novidades como um chip, parecido com o que é visto nos cartões de crédito.

A nova identidade tem uma sequência numérica chamada “RIC”, que agrupa todos os outros registros do cidadão – como o RG, tirado nos institutos de identificação estaduais; o CPF; o título de eleitor e até as impressões digitais colhidas eletronicamente. Os dados ficam impressos no cartão e armazenados no chip, que também traz informações como o tipo sanguíneo da pessoa. A nova identidade atende aos padrões internacionais de segurança.

“O mundo inteiro adota o mesmo padrão. Logo, com uma leitora na Rússia, na Grã-Bretanha ou no EUA conseguirá ler tudo que está no documento, da mesma forma que as leitoras brasileiras. Isso vai facilitar, por exemplo, um local que tenha fila. É o caso nas entradas dos estádios de futebol, onde indicará que a pessoa comprou o ingresso e estará hábito a entrar”, explica o secretário executivo do Ministério da Justiça Rafael Thomas Favetti.

Este mês, o comitê gestor do novo registro de identidade civil vai decidir quais estados vão poder emitir os primeiros documentos. Segundo o secretário executivo do Ministério da Justiça, o Distrito Federal tem grande chance de sair na frente porque está mais adiantado na implantação do sistema. 

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