Estado catarinense adquire novo modelo de impressão digital

 Depois do pioneirismo catarinense em 2009, quando o município de São João Batista participou de um projeto-piloto no Brasil sobre voto biométrico — junto com as cidades de Colorado d”Oeste (RO) e Fátima do Sul (MS) —, a Justiça Eleitoral começa, felizmente, a colocar em prática um cronograma para ampliar a implantação do processo de identificação dos leitores pelas impressões digitais no Estado. O novo modelo agiliza o processo de votação de cada eleitor nas cabines de votação, com a manutenção e até aperfeiçoamento da segurança que já é referência e modelo internacional.

 
Com a implantação do sistema de identificação biométrica implantado atualmente em quatro cidades —Florianópolis, São João Batista, Nova Trento e Major Gercino —, Santa Catarina tem o desafio de manter o espírito inovador que a fez destaque nacional desde que, em 1989, a cidade de Brusque lançou a ideia de utilização da urna eletrônica nas eleições. Hoje não se cogita um retorno à idade da pedra, com o eleitor anotando com caneta o seu candidato escolhido numa cédula de papel e as intermináveis apurações e espera pela confirmação dos vitoriosos. Isso é coisa do passado e a virada digital tem o DNA catarinense.
 
A utilização do voto biométrico nas votações dos últimos anos, ainda que de forma modesta e incipiente no país, mostrou que vale o investimento público que tem sido feito e a dedicação de técnicos e autoridades da Justiça Eleitoral. Não se tem notícia de qualquer dúvida sobre a confiabilidade do uso da assinatura digital no momento cívico mais importante do país, quando os cidadãos vão às urnas para escolha das autoridades que receberão uma procuração para representá-los durante seus mandatos — sejam governantes do Executivo ou os ocupantes das cadeiras nas casas legislativas.
 
Como Estado que tem atuado na vanguarda em relação aos processos de votação e percebido com lucidez a importância da tecnologia para melhorar cada vez mais os procedimentos, Santa Catarina herda das bem-sucedidas experiências das últimas duas décadas a responsabilidade de seguir adiante como líder para as demais justiças eleitorais.
 
Que essa marca catarinense, que já atraiu e atrai com frequência a visita de analistas até de outros países, sirva de inspiração para que em pouco tempo todos os 295 municípios estejam com o eleitorado cadastrado e, portanto, apto a votar dessa forma. O contribuinte ganha tempo, com mais rapidez no ato de votar, e dinheiro, considerando que o imposto pago por ele vai ser melhor aplicado.