Após o clima de incertezas em relação à Zona do Euro, que afetou as ações no final de 2011, as corretoras acreditam que o reajuste do salário mínimo deverá fortalecer o consumo das classes emergentes, impulsionando as cotações de empresas mais voltadas ao mercado doméstico.
"Enquanto a crise não for debelada, o nível de aversão ao risco permanecerá elevado, pressionando as bolsas de valores. Prosseguimos acreditando em uma solução para a crise, pois a ruptura da Zona do Euro não interessa a ninguém", avalia Paulo Esteves, analista da Gradual Corretora.
Na carteira da Gradual para janeiro a aposta são as empresas voltadas ao mercado doméstico.
Entre as recomendações estão Petrobras, Vale, Banco do Brasil, Oi, Brookfield, Randon, São Martinho, Magazine Luiza, Sonae Sierra Brasil e Valid.
Com aposta semelhante, a BB Investimentos aparece com Ambev, Bradesco, Brasil Foods, CCR, Cesp, Copel, Itau Unibanco, OGX, Petrobras, Raiadrogasil e Telemar como as principais apostas para o primeiro mês do ano.
Ainda com dúvidas sobre 2012, a equipe da Um Investimentos acredita que o ano inicia com os mesmos questionamentos devem ser vistos no ano anterior: A Europa irá conseguir reverter a crise em que está? Quão forte será a desaceleração econômica chinesa? A recuperação da economia americana se sustentará no longo prazo?
Sem ter certezas, a corretora prefere manter uma carteira mais conservadora, aumentando a exposição a papéis defensivos, em empresas com endividamento baixo, a fim de entrar em 2012 preparados para a volatilidade que deverá estar presente, pelo menos ao longo do primeiro trimestre.
Entre as apostas da Um Investimentos estão Petrobras, Vale, Cosan, Eztec, BR Brokers, Pão de Açúcar, M Dias Branco, Odontoprev, Raiadrogasil, Itau Unibanco, BCO Brasil.
Mesmo considerando um receio motivado pelo cenário internacional, os analistas da Ativa Corretora identificam no Brasil um diferencial positivo frente a outros mercados.
"Isso reforça a estratégia de mantermos maior exposição a ativos com dependência do mercado interno, com baixo nível de endividamento, perspectivas positivas de crescimento de lucros", destacou a equipe, em relatório.
Como recomendação, a Ativa aposta na BR Malls, Pão de Açúcar, Bradesco, Itaú Unibanco, Petrobras, OGX, Copel, Vale, Gerdau, PDG Realty, CCR, ALL e Tim.