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A chegada de um filho é motivo de felicidade, mas também de uma nova realidade nas finanças da família: mais uma pessoa para alimentar, educar, vestir etc. Segundo estudo da Serasa, 60 milhões de consumidores estão inadimplentes em todo o Brasil. Desse total, 29,5 milhões são mulheres. Em comemoração ao Dia das Mães, a Serasa, por meio de seu programa de educação financeira Sonhos Reais, e a Associação Viver Bem, constituída por profissionais do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC), prepararam um material com orientações inéditas para que a chegada de mais um membro na família não se transforme em prejuízos e transtornos financeiros nesse momento de instabilidade na economia do país.
O guia completo pode ser acessado gratuitamente pelo link www.serasaconsumidor.com.br/gravidas. Segundo a diretora do SerasaConsumidor, Fernanda Monnerat, o ineditismo do material está justamente no fato de que ele faz o cidadão pensar no futuro e não apenas na organização das finanças para receber o bebê. “A educação financeira passada de pais para filhos é o caminho mais seguro para minimizar os altos índices de inadimplência no país”, diz.
“No atual cenário econômico, as pessoas estão cada vez com menos poder de compra. O material é uma importante iniciativa para ajudar as famílias que esperam a chegada de um bebê, uma vez que será necessário esticar o orçamento para conseguir pagar as contas atuais e os novos gastos”, ressalta Monnerat.
“Com os pais mais conscientes no consumo, a criança crescerá em um ambiente saudável, do ponto de vista econômico, e a tendência é que ela repita esse padrão de comportamento financeiro”, explica a psicóloga Tatiana Zambrano Filomensky, coordenadora do grupo de tratamento a compradores compulsivos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo e presidente da ONG Associação Viver Bem.
No site, também é possível conferir exemplos de quanto custa criar um filho no Brasil. Esse gasto pode chegar a R$ 2 milhões em até 23 anos. Além disso, os economistas da Serasa criaram uma calculadora de poupança especialmente para os pais. Com ela, dá para descobrir o quanto de dinheiro pode estar acumulado em determinadas fases da vida do seu filho se você fizer uma poupança de R$50 por mês, por exemplo. “Esta cultura da poupança, de planejar o futuro, é o que fará a diferença na formação do caráter econômico do novo membro da família”, explica Filomensky.
Aprendizado na prática
Fruto da parceria entre o SerasaConsumidor e a Associação Viver Bem, no final de 2015, esse conteúdo foi aplicado em formato de curso para diversas famílias grávidas da Zona Sul de São Paulo.
Estiveram presentes mulheres, algumas acompanhadas de seus maridos, com idades entre 21 e 36 anos, pertencentes ao grupo “Juventude Trabalhadora Urbana”, segundo a classificação do Mosaic Brasil – metodologia de segmentação da sociedade que leva em conta não só a renda, mas também outros critérios, como educação, geografia, demografia, padrões comportamentais e estilo de vida. Fazem parte deste grupo jovens em início de carreira, mas ainda buscando aumentar sua escolaridade, que já é superior à dos pais. Eles são otimistas e antenados, com acesso à tecnologia e de olho nas tendências.
O primeiro passo no encontro foi dar a chance de as grávidas entenderem como funciona o seu próprio orçamento doméstico. Esta é a principal iniciativa que ajuda a organizar melhor as receitas e despesas da família e identificar se as famílias gastam mais do que ganham. Uma das técnicas indicadas pelos especialistas foi organizar toda a renda disponível da casa numa caixa na cor azul e todos os gastos mensais numa caixa vermelha. As grávidas contaram com uma mentoria individual dos profissionais da Serasa Experian e voluntários do programa de educação financeira da empresa, o Sonhos Reais, que há anos leva conhecimento e orientação sobre o tema à população de baixa renda do país.
“O curso ajudou o Enzo a nascer sem dívidas”, brinca a recepcionista Vanessa dos Santos, cujo primeiro filho nasceu em dezembro do ano passado. Vanessa e o marido, o modelista de bolsas, César, participaram do curso quando ainda estavam grávidos e hoje afirmam que o aprendizado foi positivo. “Passamos a anotar tudo, inclusive os pequenos gastos, e percebemos que o dinheiro ia embora na compra de itens desnecessários”, conta Vanessa. “Como éramos só um casal, antes do bebê, saíamos bastante, mas o curso nos alertou de que esses hábitos precisavam mudar.”
Segundo Vanessa, ao chegar em casa, Enzo já dormiu em um berço quitado e os utensílios necessários para ele estavam comprados. “Não tivemos gastos extras desde o nascimento.” Outra boa notícia é que Enzo já tem dinheiro guardado. “A calculadora de poupança nos ajudou a planejar este investimento para ele.”
Já a pedagoga Gabriela Fioretti Pereira, mãe da primogênita Laura, também nascida em dezembro, fez questão de levar na época o marido e administrador de condomínios, Felipe, para ser convencido de que a maneira dele cuidar das finanças estava equivocada. “Sempre fui organizada com as despesas, mas ele se descontrolava mais”, diz Gabriela. “O curso provou que algumas mudanças eram necessárias, como a redução de despesas no cartão de crédito, por exemplo.” Segundo a pedagoga, os ensinamentos do curso já surtiram efeito dentro de casa. “Conseguimos notar até sobra de dinheiro”, afirma, satisfeita.
Confira mais informações no site: www.serasaconsumidor.com.br/gravidas
