Eleitores usarão urnas biométricas para votar em 21 municípios de MT

 Cerca de 15% do eleitorado de Mato Grosso deverá usar a impressão digital para se identificar na urna eletrônica no momento de votar nas eleições deste ano. A informação é do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que habilitou 21 municípios do estado para realizarem o pleito com uso da tecnologia, a qual deve elevar o nível de segurança do processo. Segundo levantamento da Justiça Eleitoral, 327.629 eleitores mato-grossenses poderão usar as novas urnas para escolher deputados estaduais, deputados federais, senadores e governadores em outubro.

 
Esses cidadãos têm domicílio eleitoral em 21 municípios homologados pelo TRE após um processo de cadastramento e revisão para fazer uso das urnas eletrônicas que permitem identificação do eleitor por meio da impressão digital. O maior município que deverá contar com a tecnologia para o voto neste ano é Rondonópolis, a 212 km da capital, com 133.493 eleitores homologados (confira na tabela os dados de cada município, atualizados pelo TRE em junho).
 
Tecnologia
 
De acordo com o secretário de Tecnologia da Informação do TRE, Aílton Lopes dos Santos, aos poucos a Justiça Eleitoral pretende abranger um número maior de municípios e eleitores com a tecnologia devido à segurança que ela promove ao processo eleitoral. “Com a biometria, acaba-se com qualquer possibilidade de uma pessoa votar no lugar da outra”, resume, lembrando que esta é uma tecnologia exclusivamente brasileira – a própria urna eletrônica, aliás, já havia sido uma inovação do país no que diz respeito a processos eleitorais no mundo.
 
A meta da Justiça é expandir aos poucos a abrangência da biometria em Mato Grosso, mas o maior passo nesse sentido deve ser feito quando Cuiabá e Várzea Grande, cidade da região metropolitana da capital, tiverem seu eleitorado cadastrado e homologado.
 
Com a inclusão das duas maiores cidades do estado, a abrangência da biometria deverá atingir cerca de 60% do eleitorado local – que consiste em cerca de 2,2 milhões de habitantes.
Todos os cadastros de impressões digitais devem ser revistos em 2015 e periodicamente a partir de então. Segundo o secretário de Tecnologia do TRE, isso é necessário porque algumas pessoas naturalmente tendem a perder traços das impressões digitais, como idosos ou trabalhadores que manuseiam determinados compostos químicos corrosivos.