Dia Nacional do Papiloscopista é comemorado

Há 109 anos era criado no Brasil o primeiro sistema dactiloscópico, responsável por reunir em um só lugar a identificação de civis, criminosos, cadáveres e também de pessoas desconhecidas. Esses dados de qualificação e dados morfológicos eram adquiridos através do sistema antropométrico, considerado o mais simples e mais perfeito para época.
 
O tempo passou e foram criados os Institutos de Identificação nos Estados, e com o crescimento tecnológico a base do sistema foi modernizada e informatizada com novas tecnologias. No entanto, o exame que identifica e registra qualquer civil é realizado por uma pessoa, o papiloscopista. Profissional que só tive a profissão reconhecida em 1963.
 
Assinado pelo presidente João Goulart, o decreto 52.871 institui o dia 5 de fevereiro como o Dia Nacional do Papiloscopistas. A data foi escolhida em comemoração ao aniversário da publicação que criou o sistema dactiloscópico no Brasil.
 
O trabalho de um papiloscopista Segundo a Federação Nacional dos Profissionais em papiloscopia e identificação (Fenappi), o papiloscopista promove a identificação humana através das papilas dérmicas. Em alguns estados, ele também faz a identificação a partir da representação facial humana, seja através do retrato falado ou do laudo prosopográfico.
 
O presidente da Fenappi, Antonio Maciel Aguiar Filho, explicou que os papiloscopistas no Estado fazem parte da Perícia Oficial de Alagoas, vinculados ao Instituto de Identificação e são tão importantes quanto o médico-legista é para o Instituto de Medicina Legal e o Perito Criminal para o Instituto de Criminalística.
 
“Apesar de trabalharmos nos Institutos de Identificação atuamos nos três Institutos. No IML, identificamos cadáveres ignorados, muitas vezes em decomposição. No IC, quando solicitado, promovemos a identificação do autor ou autores do delito através de exame realizado nos levantamentos de fragmentos recolhidos pelos Peritos Criminais”, disse o presidente.
 
Ainda segundo o presidente, o papiloscopista tem por competência a execução de múltiplas atividades de relevante interesse público. Entre elas, a Identificação Civil, Identificação Criminal e Identificação Cadavérica.
 
Em Alagoas, cinco papiloscopistas trabalham no Instituto de Identificação atendendo todo o Estado. O papiloscopista Rogério Castro, que entrou na profissão no último concurso, destaca os avanços conseguidos em Alagoas.
 
“Com o trabalho desenvolvido pela equipe, conseguimos evitar e diminuir fraudes na solicitação da 1º e 2º via da carteira de identidade. No último ano fizemos vários cursos de qualificação e tivemos um ganho grande com a iniciativa do governo de investir na aplicação do exame de necropapiloscopia. Através dele, conseguimos identificar vítimas de homicídio, em decomposição e também queimadas como na tragédia do município de Feira Grande”, afirmou Rogério.
 
Para o diretor geral da Perícia Oficial, Roberto Liberato, a data realmente tem que ser comemorada, principalmente para os papiloscopistas de Alagoas, que demonstram no seu trabalho, a capacidade e o comprometimento de atender ao povo alagoano.