Iniciativas a respeito da certificação digital no padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) em conjunto com a tecnologia Blockchain foram uma das temáticas debatidas no segundo dia da 16ª edição do CerForum. O painel foi beneficiado com apresentações da gerente da Iniciativa de Blockchain no Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Vanessa Almeida, do assessor da Presidência do ITI, José Carrijo, e do vice-presidente da Associação Nacional de Certificação Digital (ANCD), Márcio Nunes.
Na primeira apresentação, feita pela representante do BNDES, foi exposto a forma que o banco tem aproveitado a tecnologia de blockchain em parceria com o banco alemão KFW e teve como mote ampliar o controle do ciclo de vida das operações financeiras não reembolsáveis. Nos fluxos transacionais, a informação é compartilhada por uma rede permissionada, o que garante redução de custos com auditorias entre clientes e doadores.
No entanto, uma dificuldade foi encontrada: não era possível identificar e comprovar nos blocos para onde o dinheiro estava indo. Com o apoio do ITI, o problema foi superado ao transacionar com certificado digital de pessoa jurídica e realizar registros públicos em Blockchain nas operações diretas, uma vez que as indiretas não envolvem os agentes financeiros privados. Com isso, os fluxos dos montantes transacionados são plenamente identificados nos blocos.
Por sua vez, o assessor da presidência do ITI, José Carrijo, destacou as possibilidades que o ITI pode oferecer, pois a instituição se dispõe a propor soluções e analisar projetos e realizar parcerias com o objetivo de auxiliar no desenolvimento do Brasil. Para Carrijo, a certificação digital ICP-Brasil associada ao blockchain pode mudar a forma de interação entre pessoas, órgãos do Governo, empresas públicas e privadas.