Casa da Moeda eleva o lucro em 25%, para R$ 415 milhões

A Casa da Moeda do Brasil fechou o ano passado com lucro líquido de R$ 415,6 milhões, um aumento de mais de 25% em relação ao ganho de R$ 330 milhões de 2009. A receita líquida da fabricante de notas, moedas, passaportes e impressos de segurança teve salto ainda maior: passou de R$ 1,486 bilhão para R$ 2,095 bilhões – 41% mais.

Segundo o balanço da CMB publicado hoje nos jornais, os aumentos na receita e no resultado final se devem ao programa de modernização que vem sendo implantado desde 2008, com foco na atualização do parque industrial com a adoção de equipamentos de última geração, além de novos processos industriais.

No ano passado, foram investidos R$ 244 milhões, 8,4% mais que em 2009. Luiz Felipe Denucci, presidente da Casa da Moeda, disse em entrevista ao iG no início de janeiro que a previsão para este ano era investir outros R$ 250 milhões a R$ 300 milhões. Na Lei Orçamentária de 2011, a expectativa é ainda mais otimista: de R$ 360 milhões.

A CMB foi criada em 1694 e hoje é uma empresa pública 100% controlada pelo governo federal, por meio do Ministério da Fazenda. Conta com quatro linhas de produção de cédulas, com capacidade para mais de 4 bilhões de unidades. Ainda em 2010, foi concluída a montagem de uma nova linha de cédulas, que deverá entrar em operação no primeiro semestre deste ano.

Em 2010, a CMB fabricou 2,05 bilhões de cédulas, praticamente a mesma quantidade do ano anterior. Foram pouco menos de 2 bilhões para o mercado interno, sendo 64 milhões de unidades da nova família do Real, e 73,5 bilhões de cédulas de pesos argentinos.

Na fábrica de moedas, foram produzidas 1,7 bilhão de unidades, com queda de 15% em relação a 2009. Segundo a CMB, a denominação com o maior volume foi a de R$ 0,05, seguida pela de R$ 0,10. A CMB ampliou também a fabricação de passaportes por encomenda da Polícia Federal. De acordo com dados do balanço, foram produzidas 1,5 milhão de unidades, 29,5% mais que em 2009.