Biometria provocou o cancelamento de 110 mil títulos de eleitores no Piauí

 No total de 2.345.694 eleitores no Piauí, 191 mil irão deixar de votar na eleição deste ano, de acordo com informações do Tribunal Superior Eleitoral. O principal motivo que levou ao cancelamento dos títulos no Estado foi o sistema de recadastramento biométrico, que foi realizado até o dia 31 de março deste ano.

Deste total de títulos cancelados, 110 mil foram motivados pelo não comparecimento aos cartórios para a realização do recadastramento biométrico. Somente os municípios de Cajueiro da Praia, Ilha Grande, José de Feitas, Luis Correia, Nazária, Oeiras, Parnaíba e a capital Teresina tiveram 109.334 títulos cancelados devido à biometria.
 
Os outros 81 mil eleitores tiveram o título cancelado por problemas com a Justiça Eleitoral como o não comparecimento às três últimas eleições no Estado. Nesse caso, o cancelamento é registrado quando o eleitor deixa de votar sem a apresentação de uma justificativa.
 
De acordo com o secretário de Tecnologia do Tribunal Regional Eleitoral, Anderson Lima, o eleitor que tiver o título cancelado só poderá regularizar a situação na Justiça Eleitoral depois do dia do pleito. “Não existe a possibilidade desta pessoa votar, porque a única forma de identificação do eleitor será pela biometria. Não adianta comparecer ao local de votação”, explicou.
 
Na eleição deste ano, 13 cidades irão contar com o sistema de votação biométrica. Apesar da previsão de demora na votação, devido o uso da nova tecnologia ainda desconhecida pelo eleitor, Anderson Lima, afirma que a expectativa é que este ano a apuração dos votos possa ser encerrada a meia- noite do dia 5 de outubro.
 
No pleito de 2014, o TRE-PI terá 10 mil urnas à disposição. Deste total, 8 mil serão utilizadas de forma efetiva e 2 mil ficarão  de reserva. “Em todos os pleitos, 20% das urnas ficam na reserva para o caso de alguma eventualidade. Pela experiência de eleições anteriores, apenas 4% das urnas de reserva chegam a ser usadas. Desde o pleito passado que não usamos mais a votação manual”, afirmou.