Investimento é a palavra de ordem na atual gestão da Casa da Moeda do Brasil, seja por meio de desenvolvimento autônomo ou parceria com centros de pesquisa.

Francisco Franco

Presidente da Casa da Moeda do Brasil

29/10/2012

Investimento é a palavra de ordem na atual gestão da Casa da Moeda do Brasil, seja por meio de desenvolvimento autônomo ou parceria com centros de pesquisa. Este ano, a empresa pública deve investir cerca de R$ 260 milhões em seu parque fabril, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A modernização, iniciada em 2008, inclui a aquisição de novas máquinas capazes de imprimir produtos mais precisos, seguros e com qualidade superior, como cédulas e moedas, passaportes com chip e selos fiscais rastreáveis.

O avanço tecnológico permite, ainda, mais agilidade na produção, como é o caso das cédulas da segunda família do Real. Em 2012, a CMB vai produzir 2,840 bilhões de cédulas para o Banco Central, sendo 1,430 bilhão da segunda família.

A qualidade de impressão foi aperfeiçoada – as cores de fundo foram realçadas e os desenhos trazem maior riqueza de detalhes – e os elementos de segurança, que já existiam na primeira família do Real, foram aprimorados para dificultar a tentativa de falsificação. Mas, em contrapartida, estão mais fáceis de serem identificados pelo cidadão.

A utilização de tintas especiais, sensíveis a raios ultravioletas e infravermelhos, permitiu aprimorar elementos como marca d’água, imagem latente e registro coincidente. Outra mudança importante são os tamanhos diferenciados por denominação (valor da nota), o que facilita o reconhecimento das cédulas pelos portadores de deficiência visual e inibe a tentativa de falsificação por lavagem química. Os deficientes visuais também contam com outro recurso para identificar os valores das notas: as marcas táteis, que são barras em alto-relevo localizadas no canto inferior direito das notas.

O principal beneficiário desse investimento é o cidadão, consumidor final de todo produto fabricado pela Casa da Moeda. É ele que carrega no bolso toda a tecnologia por trás do produto. Essas novas cédulas, com recursos gráficos e elementos contra a falsificação mais modernos, são capazes de garantir a segurança do dinheiro feito no Brasil, que está no mesmo patamar das notas mais sofisticadas do mundo.