O futuro da interface sem contato
Cartões eID de múltiplas aplicações, ePassports com reconhecimento facial 3D, cartões de transporte com imagens faciais codificadas no cartão, cartões de pagamento com dados biométricos – há várias razões para esperar que uma interface de comunicação de alta velocidade sem contato será uma consequência inevitável das demandas de mercado por novas tecnologias, exigindo sistemas mais rápidos, com maior quantidade de dados.
O ISO/IEC 14443, o padrão de comunicação usado na maioria das aplicações de eID de governo e de pagamento, define bitrates de até 848kBit/s. Estas taxas de bits proporcionam um desempenho suficiente para os produtos sem contato atuais, que armazenam imagens faciais e impressões digitais de dados, resultando em volumes de 30 a 150kBytes.
Olhando alguns anos à frente, pode-se esperar que as aplicações sem contato serão mais exigentes em relação aos volumes de dados armazenados no cartão. A tendência, a partir de produtos de aplicação simples eID, para cartões de múltiplas aplicações, haverá uma demanda para uma maior quantidade de memória (e de maior desempenho).
Para controladores e leitores de cartões inteligentes, a introdução da tecnologia VHBR não será uma revolução, uma mudança nos padrões atuais, mas sim uma evolução – já que é totalmente compatível com os sistemas existentes.
Dependendo de cada perfil de aplicação, o ganho potencial de VHBR é diferente. Meios de pagamento e de transporte tendem a se beneficiar de VHBR em caso de aumento de volume de dados, por exemplo, se os dados biométricos ou imagens fotográficas forem armazenados no cartão. ID de Governo e cartões multi-aplicativos já armazenam dados de até 150Kbytes e já se benefeciam de VHBR. Com o aumento da complexidade de dados biométricos, por exemplo, imagens faciais 3D, a disponibilidade de uma tecnologia VHBR será vital.
Além da aplicação final, a cadeia de suprimentos também se beneficiará potencialmente da introdução da tecnologia VHBR. A tendência é de se criar controladores de cartões inteligentes baseados em memória flash ao invés de ROM. Isso exige o download de dados do usuário e código de programa da forma mais eficiente utilizando VHBR. É certo que a segurança dos sistemas de pagamento terá que ficar um passo à frente dos ataques e é aí que cartões habilitados com teconolgia VHBR se tornarão naturalmente necessários. A VHBR não só irá acelerar as aplicações existentes, mas também permitirá novas aplicações.